AMB inclui nome de Kassab na "lista suja"

29/07/2008 - 20h29

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Associaçãode Magistrados Brasileiros incluiu hoje (29) o nome do prefeito deSão Paulo e candidato à reeleição,Gilberto Kassab (DEM), em sua “lista suja”. A lista aponta nomesde candidatos que respondem a processos na Justiça. O nome deKassab foi incluído devido a um processo contra o prefeito,por improbidade administrativa, que se encontra no Tribunal deJustiça de São Paulo.A lista da AMB foidivulgada na terça-feira passada (22) e trouxe os nomes dedois adversários do prefeito na disputa pela administraçãomunicipal: Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP).De acordo com aassessoria da AMB, o nome do prefeito não foi incluídoporque o processo ao qual ele responde constou na busca como AçãoCivil Pública e não como processo de improbidadeadministrativa. A AMB justificou que somente após a análisedo processo é que se pôde confirmar a acusação,por isso o atraso em incluir Kassab na lista. De acordo com aassessoria de imprensa da AMB, a lista não é fechada eainda há a possibilidade de inclusão de outros nomes.O processo contraKassab data de 1997 e refere-se a sua gestão na Secretaria dePlanejamento de São Paulo. O prefeito na época eraCelso Pitta que também consta como réu na açãomovida pelo Ministério Público de São Paulo.No processo, o entãoprefeito é acusado de fazer promoção pessoal comdinheiro público. O Ministério Público apontauma peça publicitária divulgada em jornais na qualPitta se defende de denúncias feitas pela CPI de TítulosPúblicos. O anúncio obteve a anuência de GilbertoKassab e do secretário de Finanças à época José Antônio de Freitas. O processo cita ainda HenriqueFerreira Nunes, assessor chefe de imprensa do gabinete. Todos figuramcomo réus.A assessoria dacampanha de Kassab afirmou hoje (29), por meio de nota, que a inclusãodo nome do prefeito na lista da AMB é injusta e confunde aopinião pública.“Gilberto Kassab foiabsolvido em segundo grau de jurisdição e o recursomovido pelo Ministério Público não tem efeitosuspensivo. A inclusão, portanto, é incorreta eindevida, pois já há pronunciamento de mérito daJustiça absolvendo o prefeito”, diz a nota.