Presidente da Colômbia admite que emblema da Cruz Vermelha foi usado indevidamente

16/07/2008 - 19h28

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osímbolo da Cruz Vermelha foi usado de forma indevida durante oresgate da ex-candidata à Presidência da ColômbiaIngrid Betancourt e mais 14 pessoas que estavam em poder dasForças Armadas Revolucionárias da Colômbia(Farc). O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, dissehoje (16) que um membro da equipe militar que participou da operaçãousou o símbolo sobre sua roupa, mas que isso foi resultadode um “erro” e do “nervosismo” do militar. De acordo cominformações da BBC Brasil, o uso do emblema da Cruz Vermelha contraria a Convençãode Genebra e a legislação internacional humanitária.Uribe assumiu a responsabilidade política do erro, e disse quemembros do seu governo já pediram desculpas à CruzVermelha. Logoapós a libertação dos reféns, o governocolombiano negou a participação de outros paísese de organismos internacionais na operação. Ocomandante do Exército, general Mario Montoya, chegou a negarque o emblema da Cruz Vermelha tivesse sido usado. Depoisda declaração de Uribe, o Comitê Internacional daCruz Vermelha divulgou nota reforçando a importânciado seu emblema como símbolo de proteção, quepermite o acesso a áreas atingidas por conflitos armados e aproteção de vítimas. “O emblema da CruzVermelha deve ser respeitado em todas as circunstâncias e seuuso abusivo é proibido”, diz o comunicado.