Secretário da Receita prevê estabilidade na arrecadação nos próximos meses

19/06/2008 - 20h11

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A arrecadação de impostos e contribuições, sob responsabilidade da Receita Federal do Brasil, tende a se estabilizar nos próximos meses, não apresentando a elevação registrada no meses anteriores. Foi o que afirmou hoje (19), ao divulgar o balanço da Receita do mês maio e do acumulado do ano, o secretário da RFB, Jorge Rachid.“Ela tende à estabilização. Haverá um alinhamentoem um determinado momento”, disse. Em maio, a arrecadação deimpostos e contribuições administrada pela Receita, incluídas as receitasdo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e outras como royaltiese concessões, chegou a R$ 50,4 bilhões. O resultado representa um aumento real de 5,1%, descontada ainflação medida pelo Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na comparação de maio com o mesmomês de 2007. No acumulado do ano, com valor de R$ 271,925 bilhões arrecadado, ocrescimento foi de 11,13% na comparação com os cincos primeiros mesesde 2007.  De acordo com o secretário, maio do ano passado teve umresultado atípico. “Deve ser levado emconta que em maio de 2007, tivemos uma arrecadação atípica na ordem deaproximadamente R$ 1,4 bilhão a mais”, afirmou. Rachid lembrou que, emmaio do ano passado, o governo contava com os recursos da Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CMPF), além de ter recebido mais com depósitos judiciais, além da arrecadação atípica do Imposto de Renda da PessoaFísica. No mês passado, o destaque foi a arrecadação doImposto sobre Operações Financeiras (IOF), que cresceu 150,18% dejaneiro a maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Deacordo com a Receita, o aumento da alíquota do IOF no início do ano,para compensar o fim da CPMF, foi o principal motivo que levou àelevação da arrecadação do imposto. O secretário da Receita disse ainda que a estimativa é que, com as desonerações, haja uma renúncia fiscal de R$ 92 bilhões, referente ao período de 2004 a 2009, sendo que, desse total, R$ 40 bilhões são referentes à CPMF.