Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As empresas do comércio que empregam até 19 pessoas aumentaram a receita operacional líquida, entre 2005 e 2006, em 1,3%. Com a elevação de 28,6% para 29,9%, as empresas menores ultrapassaram as instituições com até 500 pessoas ocupadas, que, ao contrário, reduziram sua participação de 29,9% para 29,2% no mesmo período. As informações são da Pesquisa Anual do Comércio, divulgada hoje (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, as empresas de menor porte concentraram 45,9% do total de receita operacional líquida do setor (arrecadação bruta diminuída de impostos, contribuições, abatimentos e descontos). Elas também lideraram o volume pago em salários e outras remunerações (55,9%), de pessoal ocupado (68,7%) e de número de empresas (98,3%) do comércio.De acordo com o economista da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio) Christian Travassos, os números ressaltam a importância das empresas de menor porte na economia do país."É um retrato da importância econômica de um segmento que emprega tantos brasileiros e gera tanta riqueza para a sociedade, não apenas monetária, mas social. As pequenas empresas também contribuem para a segurança para a estabilidade social", afirmou. A pesquisa também apontou que as empresas de menor porte eram predominantes tanto no comércio varejista – representando 98,3% do total – quanto no atacadista, em que a participação alcança 91,6%. No varejo, essas empresas empregaram 68,7% das pessoas e no atacado, 37,7%. Por outro lado, as empresas com pelo menos 500 empregados (0,1% do total) tiveram maior participação na geração de receita operacional líquida (37,3%) e no pagamento de salários (24,8%).Já no ramo de comércio de veículos, peças e motocicletas, que é analisado separadamente pelo estudo, as pequenas reuniram 97,1% do total de empresas, 62,7% do pessoal ocupado e 41,5% das remunerações.