Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Saber agir em momentosde emergência em alto-mar, principalmente em acidentes quecausem danos ao Meio Ambiente. Foi com essa finalidade que a FundaçãoEstadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), do Rio de Janeiro,coordenou na manhã de hoje (4) a simulação de um acidente entre duasembarcações, com derramamento de óleo, na Baíade Guanabara.Durante o exercício,foram lançados na água pedaços de mantaabsorvente que simularam o vazamento de aproximadamente 30 mil litrosde óleo. No total, 80 pessoasparticiparam da atividade, que faz parte do Plano deEmergência da Baía de Guanabara, criado pelo governo doestado em 2001. A simulação reuniu agentes da Feema, daCapitania dos Portos, da Defesa Civil e representantes de empresas dosetor. De acordo com oanalista ambiental da Feema Alberto Cruz, um dos coordenadores daação, a finalidade é integrar as equipes paraque sejam capazes de dar uma resposta rápida em casos deacidentes desse tipo. "Éimportante que todos estejam integrados e treinadas para que quandoaconteça um vazamento real as equipes estejam aptas paratrabalhar no mar, que é um trabalho difícil. O nossoobjetivo é sempre melhorar o tempo de resposta" afirmou.De acordo com oanalista ambiental, o trabalho de limpeza num acidente como osimulado hoje pode durar mais de um dia, dependendo do volume e doproduto derramado, além das condiçõesmeteorológicas. As equipes só podem permanecer no marenquanto o céu estiver claro.Segundo Cruz, uma dasprincipais conseqüências imediatas desse tipo de acidenteé a contaminação e morte dos peixes que vivemno local, causando prejuízos às colônias depescadores e até riscos à saúde dosconsumidores. Ele destacou, no entanto, que embora seja fundamental amobilização para reduzir os danos ambientais, éimpossível remover totalmente o produto. "O máximoque conseguimos recolher é em torno de 30% do que foiderramado. Parte do produto se dispersa no mar, outra parcela evaporae não há como reverter esse quadro", explicou.O último grandeacidente, envolvendo derramamento de óleo na Baía deGuanabara, aconteceu em 2000. Na ocasião, mais de um milhãode litros de petróleo vazaram do oleoduto que liga a refinariade Duque de Caxias (Reduque) ao terminal da Ilha d´Água.