Petrobras lança fundo de capitalização para fornecedores de bens e serviços

04/06/2008 - 17h32

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, anunciou hoje (04) que a estatal, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, vão lançar um fundo com capital inicial de R$ 100 milhões para capitalizar pequenas e médias empresas nacionais fornecedoras de bens e serviços para a companhia.Chamado de Fundo de Investimento em Direito Creditório (FDIC), o instrumento de capitalização das empresas está em fase final de estruturação e tem como objetivo adiantar recursos para as empresas fornecedoras da companhia.“O objetivo do fundo é adiantar recursos para essas empresas, antes delas prestarem o serviço ou fornecerem os bens e equipamentos contratados. Em geral, essas empresas precisam de capital de giro e esse fundo tem a finalidade de financiar as empresas a um menor custo do que o cobrado pelo mercado e, desta forma, torná-las mais competitivas”, explicou o diretor da Petrobras ao participar de palestra no InstitutoBrasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio de Janeiro.Barbassa adiantou, ainda, que a empresa participará com apenas 10% do total do fundo, ficando o restante com o BNDES e o Banco do Brasil, podendo também ser captado recursos no mercado via emissão de papéis.Para viabilizar a iniciativa, a Petrobras vai contratar um banco administrador. “Existem outros fundos desta natureza no mercado, mas esta é a primeira vez que participaremos de um. Poderemos inclusive participar de outros que venham a surgir”, disse Barbassa. A proposta já foi levada à apreciação da Comissão de valores Mobiliários (CVM).O executiv disse que a principalpreocupação da empresa é para com a necessidade de suprimento do setorpetrolífero, cuja demanda vem num ritomo crescente, o que nãoimpede, porém, que essas empresas venham a, no futuro, exportar partede sua produção.                                                     “Nósestamos olhando é o suprimento das necessidades da Petrobras a preçoscompetitivos, o que não impede a conseqüência futura de que as empresaspossam ganhar mercado”, disse.“A idéia é capitalizar as pequenas e médias empresas que nos prestam serviços ou nos fornece equipamentos. Os empresários, muitas vezes, quando pegam um contrato com a Petrobras precisam de capital de giro e muitas vezes não dispõe e aí ele vai ao mercado, onde, muitas vezes, tem que pagar até 180% da Selic [a taxa básica de juros]”, concluiu.