Para economista da CNI, limites nos gastos correntes ajudariam a conter inflação

04/06/2008 - 14h53

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oestabelecimento de limites para o crescimento dos gastos correntes do governo, que inclui pagamento de pessoal e custeio, ajudaria a combater à inflação. A afirmação foi feita hoje (4) pelo economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio CasteloBranco. Para ele, ouso do superávit primário para formação do Fundo Soberano do Brasil, que deve ser criado pelogoverno, reduziria a demanda pública, “um dos componentes da demanda global daeconomia”. “Isso ajudaria o Banco Central na acomodação das pressõesinflacionários que nós temos hoje. O melhor seria que isso não fossetransitório, com limitadores para o crescimento do gasto corrente”, afirmou. Eleponderou, entretanto, que o gasto público com investimento é necessário paraexpandir,  principalmente, ainfra-estrutura. Castelo Branco acrescentou que o aumento da taxabásica de juros, a Selic, é um dos fatores que vão levar à redução do ritmo decrescimento da indústria até o final do ano. Outros fatores são valorização doreal frente o dólar e a crise econômica internacional.Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) define a taxa básica de juros. Analistas de mercado estimaram que o aumento da Selic será de 0,5 ponto percentual. Atualmente a taxa está em 11,75% ao ano.