Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Um dos mais importantes centros incubadores de empresas do país, o Cietec, localizado na Cidade Universitária, na capital paulista, completa dez anos, com balanço de 69 empresas hoje independentes, mas que nasceram como projetos que necessitavam do apoio de uma incubadora . De acordo com balanço divulgado hoje (4) pela entidade, o Cietec fechou 2007 com 127 empresas incubadas, registrando receita de R$ 33,41 milhões e empregando 780 profissionais especializados. Segundo o balanço, seis das 13 empresas graduadas, ou seja, que saíram do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas para atuar no mercado, faturaram quase R$ 3 milhões, o correspondente a 8,9% da receita. Juntas, elas empregaram 62 profissionais especializados.
O gestor do Cietec, Sérgio Risola, disse que os últimos dez anos representaram o crescimento e a consolidação do centro de incubadoras, cujo objetivo é intensificar o trabalho com empresas que continuam necessitando do apoio da incubadora, mesmo quando saem dela. “Saem, mas ainda precisam continuar essa conexão com a universidade, com os centros de pesquisa, precisam estar em um outro degrau de relação com as grandes empresas de mercado. “
Para colaborar com esse trabalho, o Cietec será ampliado e terá um novo núcleo do parque tecnológico denominado Condomínio de Empreendimentos Inovadores, que será um intermediário entre as incubadoras e o conceito mais amplo de convivência e apoio oferecido pelo parque tecnológico. “É um momento diferente. São apoios mais substanciais, sempre olhando a parceria com a empresa e quando a empresa que saiu da incubadora está mais capacitada comercialmente”.
Risola explicou que o Cietec contribui para criar as condições de desenvolvimento para empresas que demonstram ter um projeto inovador. Depois do auxílio para a elaboração de um plano de negócio, a empresa passa por uma seleção. Se for selecionada, permanece três anos no Cietec recebendo o incentivo necessário para que sua empresa cresça de forma sólida. "Dentro de uma incubadora como o Cietec", disse Risola, "a coisa mais rica é estar junto da universidade e dos institutos de pesquisa que nos rodeiam”.
Ele destacou que o Cietec contribui para facilitar o acesso das empresas aos institutos de pesquisa, além de orientar os empresários sobre gestão de marketing, recursos humanos, propriedade intelectual e patente e sobre como buscar recursos nas instituições financeiras. “Os empresários têm dificuldade, no seu dia-a-dia, para tocar as empresas e não têm especialistas para entender e decifrar editais complexos e a incubadora faz isso.”
Sérgio Risola definiu a incubadora como um grande centro de convergência, de facilidades, oportunidades, onde as grandes empresas vão buscar idéias para acrescentar aos seus negócios. “A inovação saiu de dentro da bancada da empresa. Então a incubadora é um local propício para isso.”