Elaine Patrícia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiram, na noite de hoje (18), suspender a paralisação iniciada ontem (17) em protesto pela permanência do reitor Ulysses Fagundes Neto, acusado de uso irregular do cartão corporativo. A decisão foi tomada após quatro horas e meia de assembléia geral, realizada no campus da Unifesp, na capital paulista. Eles também rejeitaram, mais uma vez, a proposta de ocupação da reitoria da instituição.Nas primeiras duas horas, os estudantes discutiram a legitimidade da assembléia. O assunto foi debatido porque os alunos do curso de medicina reclamaram por não ter sido informados antecipadamente sobre a realização da reunião.Depois disso, eles passaram outras duas horas e meia discutindo os rumos do movimento. Por maioria, os estudantes decidiram acabar com a paralisação. Os universitários também aprovaram a realização de um plebiscito, na próxima sexta-feira (25), para se posicionar sobre a permanência ou não do reitor Ulysses Fagundes. Além disso, resolveram criar uma comissão de mobilização.Na manhã de hoje (18), o Conselho de Entidades da Unifesp - formado por estudantes, pós-graduandos, servidores e docentes - esteve reunido e decidiu instalar o "Conselho de Entidades Permanentes". O conselho também pediu o "afastamento do reitor para que todos os fatos sejam apurados de forma isenta".A reunião que o conselho teria ao meio-dia de hoje (18) com com o reitor para esclarecimentos foi cancelada. Em carta, o conselho justificou que, "diante dos esclarecimentos feitos [via] online pelo reitor, não haveria necessidade de realizar a reunião".A assessoria do reitor Ulysses Fagundes informou que essa foi a segunda tentativa dele para dialogar com os estudantes.