Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O secretário estadual de Saúde, Sergio Côrtes, afirmou hoje (31) que as faltas de médicos nas emergências dos hospitais só serão abonadas em caso de doença. As faltas injustificadas, que prejudicam o atendimento aos pacientes com dengue, serão objeto de punição. "Quando uma falta efetivamente ocorre, que não seja por motivo de doença, ela tem que ser exemplarmente punida. Nós não podemos  mais continuar achando normal faltar a um plantão sem motivo nenhum e prejudicar a população", disse o secretário.

Em relação à decisão do Sindicato dos Médicos do estado, de ajuizar ação por melhores salários sob a alegação de que a Secretaria contratará pediatras de outros locais para ajudar no combate à dengue, Côrtes afirmou que “melhorar o salário dos médicos do estado não vai resolver nem o problema nem essa situação”. 

A questão, analisou, é que a Secretaria está oferecendo salários porque os pediatras “não existem”. E afirmou que em vez de questionar quanto vale um médico, o sindicato deveria pensar em “quanto vale uma vida”. “O sindicato poderia fazer um grande trabalho com todos os médicos sindicalizados se apresentando para trabalhar, para oferecer um segundo turno, um segundo plantão. Porque neste momento não precisamos de polêmica com o sindicato. Precisamos de médicos, de médicos pediatras para atender à população", acrescentou Côrtes. Ele informou ainda que para atendimento aos pacientes com dengue a Secretaria já contratou 14 leitos de terapia intensiva e 40 de enfermaria na rede privada.