Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A determinação do Conselho MonetárioNacional (CMN) para que os bancos divulguem nas agências e emsuas páginas na internet a tabela de tarifas dos serviçosbancários, que terão novos valores a partir de 30 deabril, vão ter impacto direto no bolso dos correntistas, namedida em que poderão comparar valores. A avaliaçãoé da técnica em defesa do consumidor do Procon-SP,Renata Reis. “A padronização era necessária.Hoje, o cliente não tem como comparar e fica refém dobanco que é cliente”, disse Renato, referindo-se àpadronização da nomenclatura das operações,também obrigatória de acordo com a resoluçãodo CMN. Segundo ela, as tarifas bancárias representam um gastoconsiderável no orçamento doméstico dapopulação, principalmente, de baixa renda, podendocustar o equivalente a 8,49% de um salário mínimo pormês, segundo a última pesquisa realizada pela entidade.A comparação pode garantir umagrande economia, segundo Renata Reis. A mesma pesquisa mostrou quedeterminadas tarifas podem variar até 160%, dependendo dainstituição.Pela resolução, a quantidade deserviços gratuitos deve ser ampliada e a nomenclaturapadronizada para facilitar a compreensão e as comparações.Segundo o assessor técnico da FederaçãoBrasileira de Bancos (Febraban), Ademiro Vian, os serviçosserão classificados em quatro categorias: essenciais,prioritários, especiais e diferenciados. Vian diz que os serviços essenciais serãosempre gratuitos. Os prioritários, que cobrem cerca 90% dasoperações, serão tarifados, porém seusvalores poderão ser reajustados, no mínimo, a cada seismeses, e com autorização prévia do Banco Central(BC).Os serviços especiais, que englobam asoperações do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS), conta salário ou conta simplificada, seguem obedecendoa regras já vigentes. Já os serviçosdiferenciados, que envolvem operações de câmbio,investimentos e outras movimentações, poderãoter as tarifas reajustadas sempre que o banco achar necessário,sendo obrigatório só o aval do BC.