Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Centropara Controle Estatal de Qualidade dos Medicamentos de Cuba (Cecmed)formalizaram hoje (31) um acordo de cooperação queenvolve o intercâmbio de conhecimento nas áreas deregulação de preços, inspeção ecombate à falsificação de medicamentos. Aaproximação entre os dois países na áreade saúde vem desde 2003 e entra agora numa nova etapa. “O Brasil estáem vias de conclusão de um processo de transferênciatecnológica de alguns produtos cubanos e a relaçãoneste campo precisava ser melhor estreitada no tocante à regulaçãosanitária. Com esse acordo vamos melhorar os marcosregulatórios e harmonizá-los entre os países”,explicou o presidente da Anvisa, Dirceu Raposo. “O processo épara que a implementação, o reconhecimento e o registrodos produtos possam ser feitos de maneira mais célere”,acrescentou.Os medicamentos cubanosa serem absorvidos pelo Brasil são voltados para o combate àHepatite C e para pacientes com doenças renais crônicas.Os dois países são atualmente produtores e fornecedoresde vacina contra a meningite para a Organização Mundialde Saúde (OMS). As vacinas são enviadas para a combater adoença na África. O diretor do Cecmed,Rafael Pérez, ressaltou que Cuba e Brasil estão entreos países latino americanos que mais se desenvolvem empolíticas sanitárias. “Queremos adotar um modelo deorganização e trabalho neste campo em benefícioda população”, disse Pérez. Também presenteà cerimônia de assinatura do acordo, o embaixador deCuba no Brasil, Pedro Mosquera, lembrou que parcerias políticase econômicas entre os países se intensificaram nosúltimos 5 anos. O Brasil é, segundo ele, o 2ºmaior parceiro cubano na América Latina, com negociaçõesque movimentam US$ 500 milhões ao ano. “As relaçõesbilaterais cresceram e estou seguro que continuarãofortalecidas.” O Projeto de Cooperaçãopara Fortalecimento Institucional na Área de VigilânciaSanitária de Medicamentos, assinado pela Anvisa e pelo Cecmed, temcusto estimado de US$ 272 mil . O Brasil entra com US$ 220 mil.