No Rio, hospitais de campanha começam a atender amanhã pessoas com dengue

30/03/2008 - 16h26

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com os hospitais de campanha, as Forças Armadas iniciam amanhã (31), de fato, o reforço ao combate à dengue no estado do Rio de Janeiro. Ao todo, 1.200 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica começam a atender o atendimento a pessoas que contraíram a doença. As unidades da Marinha (em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense) e do Exército (na Vila Militar, zona oeste da capital) farão apenas hidratação nas pessoas com dengue. A unidade da Aeronáutica será a única a atender a demanda espontânea, ou seja, qualquer paciente com os sintomas da doença. As tendas estão montadas ao lado do clube campestre da Força Aérea, em Jacarepaguá, bairro com o maior número de registro da dengue. Para chegar ao hospital, os pacientes terão que passar por uma triagem em um posto montado no Terminal Rrodoviário Alvorada, na Barra da Tijuca. De lá, serão levados em ônibus da Aeronáutica ou de ambulância. Além do exame de sangue, o paciente fará consulta e, se necessário, será hidratado. De acordo com o subdiretor de Logística da Diretoria de Saúde da Aeronáutica, coronel Sérgio Verbicaro, o paciente poderá permanecer até seis horas na unidade. Os casos mais graves, segundo ele, serão encaminhados para os hospitais de referência federal (Cardoso Fontes, em Jacarepaguá) ou municipal (Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca)."Nossa expectativa é que o paciente não espere em filas. Temos 80 médicos e enfermeiros e 40 pessoas no apoio. Temos capacidade para atender até 400 pessoas por dia", informou Verbicaro. O militar explicou que o hospital de campanha é montado em 24 horas. Segundo ele, a decisão de montar os hospitais foi tomada quinta-feira e, na sexta, as tendas já começaram a ser armadas.É a segunda vez que o hospital de campanha da Aeronáutica é usado no Rio de Janeiro. A primeira foi em 2005, durante a intervenção do governo federal nos hospitais da rede municipal. Em 2006, a unidade foi montada para atender os militares que trabalhavam no resgate dos corpos das vítimas do acidente com o avião da Gol, que caiu em uma região de mata fechada no norte de Mato Grosso. Em missão no exterior, o hospital atendeu às vítimas dos terremotos no México, em 1982, e na Nicarágua, em 1986.