Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O novo sistema de acesso ao Cristo Redentor, inaugurado hoje (27) pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama), já é alvo de críticas e protestos. Ogoverno municipal alega não ter sido consultado sobre asmodificações. Já motoristas de vans que nãoforam credenciados para fazer o transporte reclamam e protestam por nãopoder oferecer o serviço. Pelo novo sistema, os visitantespagarão R$ 13 pelo bilhete com direito a transporte de ida e volta, da Estrada das Paineiras até o platô inferiordo Monumento do Cristo Redentor. Um total de 12 vans fará a ligação com o alto do Corcovado. Ficará proibida a circulação de veículos particulares, motocicletas, táxis, vans e demais veículosde turismo pela estrada que dá acesso ao Corcovado. Apenas os veículos contratados pelo Ibama, em parceria com o InstitutoChico Mendes de Biodiversidade (ICMBio - unidade gestora do Parque Nacional daTijuca), terão autorização para circular pela área. O secretário municipal de Turismo, RubensMedina, encaminhou carta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, solicitando oadiamento da cobrança do pedágio, uma vez que o novosistema foi criado pelo Ibama sem que as autoridades municipaisfossem ouvidas. Ele alegou que o estacionamento de acesso àsvans que levarão os turistas ao Cristo só possui 50vagas.A alegação foicontestada pelo superintendente do Ibama no Rio de Janeiro, RogérioRocco. Segundo ele, existem hoje nas Paineiras cerca de 200 vagasoperadas pelo sistema Vaga Certa.“Este sistema é concedido pela prefeiturae se alguém informou a existência de apenas 50 vagasdeveria se informar melhor na própria prefeitura sobre aconcessão que eles fizeram para o Vaga Certa”, recomendouRocco.Sobre as reclamações dos motoristasde vans que ficaram de fora do transporte de turistas, Rocco foicategórico. “O processo de licitação éum processo público. Quem tem condições departicipar o fez. Fizemos a escolha pelo menor preço e temos acerteza de que fizemos o melhor para a sociedade. Evidentemente que,quem perde, sempre vai reclamar. Assim como também estáinsatisfeito e vai reclamar quem opera na ilegalidade”, disse Rocco.