Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
Araraquara - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (14) que 2008 é o ano de “consagração" do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ele, agora sua vida será de “menos tempo em Brasíliae mais tempo viajando pelo Brasil porque quanto mais obras nósinaugurarmos, mais empregos, mais salários, mais renda e melhoria naqualidade de vida do brasileiro”."Quando lançamos o programa, sabíamos que os prefeitos tinham que ter os projetos, fazer o licenciamento ambiental, aprovar o projeto executivo, publicar em edital e fazer a licitação. O que está acontecendo é que eu vou dedicar o primeiro semestre para viajar pelo Brasil para dar ordem de serviço do PAC”, afirmou Lula, depois de participar da inauguração do canteiro de obras do contorno ferroviário de Araraquara (SP), obra que teve investimento de R$ 102 milhões do governo federal.Em entrevista aos jornalistas, o presidente não confirmou a candidatura da ministra do Turismo Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo, mas disse que “se o ministro quiser deixar o governo para disputar alguma coisa, é uma decisão unilateral”. “Não sei o que vai acontecer em São Paulo. O PT ainda tem um tempo para decidir, mas todo mundo sabe que a Marta é uma boa candidata.”Lula disse que tomou a decisão de não participar do processo eleitoral municipal. E disse não temer sua imagem e a inauguração de obras do PAC sendoutilizadas nas campanhas municipais para valorizar os candidatos de seupartido.“Só irei participar em campanha que tiver uma candidatura única da base na cidade”, destacou o presidente. “Como o PT tem menos prefeitos que os outros partidos políticos, certamente visitarei mais cidades de outros partidos políticos do que do PT.”Lula citou como exemplo o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM). “Daqui a alguns dias eu vou a São Paulo lançar um pacote de obras. E o prefeito é dos demo”.Na avaliação do presidente, a partir de junho, os candidatos não vão poder estar em palanques, o “que vai diminuir o problema". "O país não pode parar por causa da eleição. (...) O governo federal não vai deixar de fazer as coisas por causa das eleições.”Perguntado sobre as medidas cambiais anunciadas pelo governo essa semana, Lula disse que elas ainda vão surtir efeito.“É como uma dor de cabeça: você não melhora quando toma o comprimido, tem que esperar para fazer efeito. As medidas que tomamos são de prevenção para facilitar e não inibir o crescimento e desenvolvimento do Brasil. Queremos melhorar nossa capacidade de exportação, queremos trabalhar para que o real não fique tão valorizado, diminuir a quantidade de produtos que nós exportamos e acho que as medidas foram corretas.”Além do novo contorno ferroviário na cidade, o presidente também participou da assinatura de contrato de obras de saneamento básico na cidade – da ordem de R$ 15 milhões – e da inauguração da escola de ensino fundamental Gilda Rocha de Mello e Souza, que recebeu R$ 792 mil do governo federal para funcionar como escola modelo, adaptada para portadores de deficiência e com projetos na área de inclusão digital para a comunidade.