Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo(Procon-SP) divulgou hoje (14) o cadastro de reclamações fundamentadas de2007, um ranking dos fornecedores mais citados pelos consumidores, liderado por empresas de telefonia e bancos.“O ranking é um instrumento para identificar os fornecedores que mais recorrentemente violam osdireitos dos consumidores e também para orientar o processo de escolha dos fornecedores, para que se tente evitar problemas", disse Roberto Augusto Pfeiffer, diretor-executivo do Procon-SP. O cadastro, acrescentou, "é essencial para o planejamento das nossasprioridades de fiscalização, de articulação com a sociedade civil, deaperfeiçoamento no atendimento e principalmente no tratamento coletivo, para que problemas individuais idênticos sejam tratados de forma coletiva”.No ano passado, foram 22,8 mil reclamações fundamentadas: os consumidores não tiveram suas queixas solucionadas na primeira intervenção do Procon e foi necessário abrir processo administrativo para soluçãodos casos. O órgão fez 515,6 mil atendimentos, que englobam simplesconsultas, atendimento preliminar e orientação.A Telefonica, como em 2006, lidera o ranking com 4.405reclamações (4.240 atendidas), seguida pelo bancoItaú, com 1.544 reclamações (874 atendidas), pela fornecedora de aparelhoscelulares Benq, com 744 reclamações (222 atendidas), pela operadora Vivo, com 687 reclamações (573 atendidas) e pela e Mitsubishi/Aiko/Evadin, com 636 reclamações (616 atendidas).Para o diretor de atendimento e orientação ao consumidor doProcon-SP, Evandro Zuliani, o índice de acordos da Telefonica em relação aonúmero de reclamações é alto. Ele lembrou que "se o consumidor teve de ir ao órgão de defesa doconsumidor em volume tão grande é sinal de que o serviço é mal prestado, o atendimento não dá conta dos problemas que a empresa causa no mercado". Houve um aumento de 94,7% no volume de reclamações: de 2.262 para 4.405 em 2007.As empresas Vivo, Embratel, Tim e Claro também foram alvo de queixas em relação a serviços essenciais, que correspondem a 31% do total de reclamações. Oferta de serviços convergentes em pacote único – telefonia, internet e TV a cabo – sem cumprimento e de planos com preços promocionais de forma inadequada lideram as queixas.Nas demais áreas, produtos (móveis eletrônicos, vestuário,etc) representa 30% do total; assuntos financeiros, 25% (bancos, financeiras,cartões de crédito etc); saúde, 2,81%; serviços privados, 10,2%; alimentos,0,22%; e habitação, 0,6%.As empresas Telefonica, Itaú e Vivo informaram que divulgarão nota sobre o ranking do Procon-SP e a Benq não retornou os telefonemas. O cadastro produzido pela Fundação, com 2.639fornecedores, também é publicado no Diário Oficial do Estado e está disponívelna página do órgão na internet (www.procon.sp.gov.br).