Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em notadivulgada hoje (14) - Dia Mundial da Luta Contra as Barragens - a empresaTractebel Energia reconhece “o grave problema fundiário noBrasil e a existência de pobreza crônica em áreasurbanas e rurais” no país, mas garante que, “diferentementedo que afirma o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)”, temcontribuído para minimizar os problemas provocados pelaconstrução de barragens.
"Aqualidade de vida das pessoas que moram no entorno de nossas unidadesé muito melhor que antes de elas serem construídas, comopode ser comprovado por qualquer pessoa que efetue uma análiseneutra das condições destas populações.”
Dentreas empresas consideradas mais “problemáticas” pelo MABestão a Tractebel Energia e a Vale do Rio Doce. O movimentoalega a existência de “más indenizações”,famílias que sobrevivem da terra e que, com a construçãoda barragem, não são reassentadas, e comunidadesinviabilizadas pelo “prometido progresso” por parte das empresas,que nem sempre chega à região.
Segundo aempresa, os empreendimentos não possuem “pendênciaslegal ou ambiental” e todas as unidades geradoras têm certificados ISO 9001 e ISO 14001, com licenças deoperação atualizadas. A Tractebel garante ainda sersignatária do Código de Ética Sócio-Ambiental, conjunto de princípios e compromissos que indicam como asusinas devem ser construídas e operadas, respeitando trêsdimensões de sustentabilidade: social, ambiental e econômica.
“Aempresa constrói as usinas cumprindo as legislaçõesambientais e sociais exigidas e, em muitos aspectos, o faz acima dasexigências legais. Seus empreendimentos são precedidos por um levantamento socioeconômico em todas as áreasatingidas, identificando os proprietários, as benfeitoriasexistentes e as pessoas que, mesmo não possuindo terras,tinham nestas a sua sobrevivência.”
A notainforma ainda que a empresa, anualmente, paga aos municípiossituados nos limites de suas usinas a Compensação Financeira peloUso de Recursos Hídricos (CFURH). O valor dopagamento, segundo o comunicado, foi superior a R$ 89 milhões no ano passado.