Colômbia e Venezuela reiteram disposição de restabelecer cooperação

14/03/2008 - 16h39

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Disposto a deixar para trás a crise diplomática desencadeada pelo ataque militar colombiano em território do Equador, no dia 1º, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tomou a iniciativa de telefonar ontem (13 ) para o mandatário da Colômbia, Álvaro Uribe. De acordo com a presidência colombiana, além de combinar uma reunião para breve, os dois chefes de Estado reiteraram o desejo de restabelecer “as melhores relações” entre os dois governos e a “confiança” entre os governantes.Chávez e Uribe também se dispuseram a atuar em cooperação para evitar que os dois países sejam vítimas de grupos violentos. A aproximação foi reforçada com telefonema do chanceler venezuelano, Nicolas Maduro, ao chanceler colombiano, Fernando Araújo Perdomo. Segundo comunicado de imprensa do governo da Colômbia, Maduro procurou Perdomo por solicitação de Hugo Chávez, para dizer que as relações entre os dois países serão restabelecidas no mesmo nível em que estavam antes da crise. Em resposta, Perdomo assegurou que a chancelaria colombiana está com o mesmo “ânimo construtivo”.Assim que soube da operação militar colombiana contra guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Equador, Hugo Chávez cortou relações diplomáticas com o país vizinho e enviou tropas militares para a fronteira. A situação se agravou com acusações de Uribe de que Venezuela e Equador são aliados das Farc. Após uma semana tensa, Equador, Colômbia e Venezuela deram por encerrado o conflito diplomático na última sexta-feira (7), durante reunião do Grupo do Rio, na República Dominicana. Dois dias depois, o governo venezuelano restabeleceu relações diplomáticas com a Colômbia e determinou a reabertura da fronteira. O Equador, que também cortou relações diplomáticas com a Colômbia, ainda não recuou. Segundo informou à Agência Brasil o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, por solicitação equatoriana a reaproximação está sendo feita com intermediação do governo argentino.