Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília (Brasil) - O vice-líder doPSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), cobrou hoje (7) dopresidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), a votaçãoem plenário do requerimento que solicita à Presidênciada República informações sobre os gastos defuncionários lotados no órgão com cartãocorporativo. O requerimento foi apresentado em 2005. O senador GaribaldiAlves Filho prometeu colocar o assunto na pauta da próximareunião dos integrantes da Mesa do Senado, marcada para apróxima semana.O primeirovice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), fez restriçõesao requerimento do senador peessedebista. "Tudo que digarespeito à segurança pessoal do Presidente da Repúblicadeve ser preservado porque é uma responsabilidade do Estado,que não pode eleger um presidente da República pelovoto popular e ser irresponsável no que diz respeito àsua segurança institucional", argumenta o petista.Tião Vianaconsidera que é possível compatibilizar a transparênciano uso dos cartões corporativos "com as responsabilidadesde proteção à vida de um presidente daRepública". O petista disse que é contrárioa extinção do cartão corporativo, criado em2002.Segundo ele, o uso docartão identifica o autor dos gastos e como eles foramrealizados, o que, segundo ele, dá mais transparência aouso do dinheiro público por autoridades e servidores dogoverno federal. "Quando vocêdá um dinheiro antecipado ou um dinheiro posterior, vocêpode ter uma nota fria falsificando uma despesa e nem aparece a suaidentidade. Com o cartão, não, a senha e a impressãodigital aparecem, e por isso acho que é um método quetem permitido ao Portal da Transparência informar àsociedade brasileira, como a imprensa está fazendo hoje".O parlamentarreconheceu que ocorreram abusos na utilização doscartões. Mas ressaltou que "desvios de ordem moral têmem todos os governos, de todos os tempos". Ele defendeu apunição das pessoas que usaram de forma abusiva ocartão corporativo. Tião Vianacriticou as declarações de oposicionistas de que a CPIproposta pelos governistas tenha como objetivo abafar asinvestigações. Ele afirmou que o DEM e o PSDB "nãopodem se julgar arautos da moralidade e únicos responsáveispela questão ética no Brasil".