Discussões sobre preço de energia retardam entrada em operação da Usina Mário Covas

07/02/2008 - 20h05

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As diretorias daPantanal Energia, empresa que administra a Usina Termelétrica MárioCovas, no Mato Grosso, e de Furnas Centrais Elétricas vãose reunir amanhã (8) no Rio de Janeiro para buscar umacordo contratual no sentido de viabilizar a entrada em operaçãoda usina, prevista anteriormente para o dia 6 deste mês peloComitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).De acordo com a assessoria deimprensa da empresa matogrossense, o encontro vai tratar de detalhes em questões comerciais e operacionais. O principal assunto será o preçoda energia.O contrato pelo qualFurnas se compromete a adquirir a energia gerada pela Usina MárioCovas prevê a geração por meio de gás.Entretanto, o CMSE determinou à usina, que estava parada desdeagosto de 2007 por falta de gás proveniente da Bolívia,que voltasse a operar utilizando óleo diesel. A mudançada matriz provoca um aumento de custos, o que, informou a assessoriada Pantanal Energia, estimulou a discussão sobre opreço que será cobrado pelo megawatt. A diretoria dausina disse que só vai se pronunciar depois do encontro previsto para amanhã (8). De acordo com parecer do CMSE, o tempo de operação da TermelétricaMário Covas, com óleo diesel, pode ser de até 120 dias. Em dezembro de 2007, as térmicascomeçaram a ser acionadas, como medidapreventiva, para garantir o atendimento da demanda de energia emvirtude da seca prolongada nos últimos meses do ano, o queprovocou a redução no nível dos reservatóriosdas hidrelétricas.