Para fazendeiros, ocupações no oeste paulista prejudicam novos investimentos

07/02/2008 - 20h54

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Jacob Tosello, presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente (SP), uma das principais cidades do Pontal do Paranapanema, no oeste do estado, repudiou hoje (7) as ocupações de fazendas promovidas pelos movimentos sociais de trabalhadores rurais. Segundo Tosello, as ocupações prejudicam novos investimentos no agronegócio da região.“Ninguém tem segurança. Tem ameaça de pôr fogo em canaviais, de queimar indústria, é uma insegurança tamanha. Não é de hoje que sofremos isso e quando achamos que vai resolver, que haverá acordo, na hora de regularizar a situação deles, o MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] começa a anunciar invasão e não acontece nada", disse.Para Tosello, os movimentos sociais querem, à força, chamar a atenção para ponto de vista deles. “Isso é próprio de um país que não segue as leis. Eles não são punidos por isso, estão invadindo, destruindo as propriedades, põe fogo, é uma situação gravíssima”, acrescentou.A Polícia Militar em Presidente Prudente informou que a corporação está acompanhando as ocupações.Na região do Pontal, movimentos sociais de trabalhadores rurais mantêm ocupadas 11 propriedades. A ação do movimento, denominada Carnaval Vermelho, é para protestar contra o que consideram pouco empenho da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) em utilizar os recursos repassados pelo governo federal para a reforma agrária no estado. O movimento protesta também contra o projeto de lei 578, de 2007, proposto pelo governo paulista.