Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Emdesaceleração desde o final de dezembro passado, a inflação na cidade de SãoPaulo deve ter o ritmo ainda mais reduzido, em fevereiro, segundo a previsãofeita hoje (7) pelo economista da Fundação Instituto de PesquisasEconômicas (Fipe) Márcio Nakane. Ele calcula um Índice de Preçosao Consumidor (IPC) de 0,30%. Em janeiro, a taxa teve variação positiva em0,52%. Para o ano, está mantida a projeção de 4%.ParaNakane, o recuo no ritmo de correção dos alimentos - queapresentou alta de 1,04%, em janeiro ante 1,29%, em dezembro - deve continuar. Entre ositens em baixa está a carne bovina que encerrou o primeiro mês do ano emdeflação de 0,65%. Por enquanto, “ainda não foi sentido o impacto do embargoeuropeu ao produto”, informou o economista. Mas, “talvez vá ter reflexo daquipara frente”, avaliou. Nakane observou que a evolução dos preços nosubgrupo dos in natura, especialmente, frutas, legumes e verduras nãoavançou na velocidade crescente como acreditava. Passou de uma alta de 2,78%(na terceira quadrissemana) para 2,40%.A maior alta do IPC de janeiro foi constatada na área de educação, 4,39%, resultado considerado normal já que nessa época acontecemas compras de material escolar e o acúmulo de gastos com matrículas emensalidades no ensino particular. Em situação oposta, houve queda (-0,85%)no grupo vestuário, atribuída por Nakane tanto à antecipação das liquidações deverão quanto às ofertas que sempre ocorrem após as festas de final de ano.Alémdesse grupo, em janeiro, houve ligeiro recuo em habitação (-0,01%). Emtransporte, houve alta de 0,29%, demonstrando redução no ritmo já que nas trêspesquisas anteriores, as variações foram progressivamente de 0,42%, 0,37% e0,34%. O grupo saúde passou de uma alta de 0,51% para 0,36% e despesas pessoaisde 1,11% para 0,80%.OIPC refere-se à variação média de preços dos produtos e serviços consumidospelas famílias na faixa de renda entre 1 a 20 salários mínimos na cidade de SãoPaulo.