Raphael Ferreira
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os funcionários da empresa Furnas Centrais Elétricas vão realizar uma assembléia na tarde de amanhã (21) para decidir se vão manter ou não o calendário de greve. Caso optem pela greve, os trabalhadores farão sua segunda paralisação nos próximos dias 22 e 23 (terça e quarta-feira). A primeira paralisação ocorreu no dia 15 de janeiro e durou 24 horas. A greve é uma resposta dos funcionários à decisão judicial emitida pelo Ministério Público do Trabalho, que determinou a demissão em massa de mais de 4 mil contratados em até 30 dias. Segundo o Ministério Público, a contração de funcionários não-concursados é uma prática ilegal em empresas públicas. De acordo com o diretor da Associação dos Empregados de Furnas, Antônio Magalhães, caso a greve seja confirmada, será mantido um rodízio de funcionários durante o período de paralisação para evitar que o fornecimento de energia seja prejudicado. Ele afirma que a continuidade da greve depende das negociações com a empresa. “Nós garantimos à direção de Furnas que não pretendemos, no momento, prejudicar os serviços essenciais e a segurança da empresa”, diz Antônio.Na última sexta-feira (18), a empresa Furnas Centrais Elétricas reafirmou que a paralisação, se ocorrer, não vai afetar o fornecimento de energia elétrica em suas áreas de atuação no Brasil, pois um efetivo suficiente de funcionários continuará trabalhando em suas usinas, subestações e linhas de transmissão. A empresa não quis comentar as acusações de que teria contratado funcionários por meios inconstitucionais, mas disse que vai respeitar qualquer medida proferida pela Justiça.