Brasileiros e chilenos têm reivindicações semelhantes para educação, diz professor

20/01/2008 - 16h45

Débora Xavier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As reivindicações dosprofissionais em educação brasileiros são semelhantes às dos professores chilenos. A afirmação é do professor Guilhermo Scherping, do Colégio de Professores doChile, que participa como observador internacional das discussões do 30º Congresso Nacional da Confederação dosTrabalhadores em Educação (CNTE). “A diferença é que no caso do Chile, lamentavelmente,devo dizer que estamos um pouco atrasados em relação ao Brasil”,lastimou. De acordo com ele, o governo chileno asseguraos serviços ligados à educação, mas não mantém um suporte que atinja a todos. Essedireito, frisou Guilhermo, só é possível com uma extensa rede deescolas públicas. “E mais, queela ofereça educação laica, plural, universal e gratuita. Atualmente,50% das matrículas dos alunos chilenos estão na mão de escolasparticulares. Como assegurar a pluralidade do ensino nessa situação?”,indagou.  Para ele, a educação de seu país é marcada pelo elitismo. O professor chileno afirmou que a municipalização daeducação chilena se constituiu em um “completo fracasso”. "Fracasso dequalidade, de oferta de oportunidades e, sobretudo, um fracasso em obteruma integração social por meio da educação", garantiu. Guilhermo é um dos 21 observadores internacionais,convidados pela CNTE, para o congresso que será encerrado logo mais noCentro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.