Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uso do cargo para obter vantagens pessoais ou para terceiros e improbidade administrativa foram os principais motivos de expulsões de agentes públicos dos seus cargos. Segundo informações da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano passado, 437 pessoas deixaram o cargo por irregularidades cometidas no exercício de suas funções. Desse total, 386 foram casos de demissão, 22 de destituições de cargo e 29 de cassações de aposentadorias. A CGU informou ainda que, desde 2003, 1.622 agentes públicos foram expulsos, sendo 1.421 demissões, 108 destituições de cargos de confiança e 93 cassações de aposentadorias.Entre as irregularidades, além da obtenção de vantagens e da improbidade administrativa estão o abandono de cargo, recebimento de propina e lesão aos cofres públicos.De acordo com a Controladoria, as penas foram aplicadas não só para agentes públicos de pequeno escalão, mas também para diretores, superintendentes e altos assessores de estatais como os Correios e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).Segundo a CGU, as punições foram conseqüência de determinação do ministro-chefe do órgão, Jorge Hage, no sentido de acabar com a cultura da impunidade no serviço público.