Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente doInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), MarcioPochmann, avaliou hoje (13) a rejeição, pelo Senado, da prorrogaçãoda Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) como um “equívoco”. Para ele, acontribuição é um imposto moderno, que dialogacom a estrutura produtiva do país. “É um imposto comcusto muito baixo, além de impedir a existência decorrupção”, avaliou. Para Pochmann, ogoverno deverá encontrar formas de compensar as perdas com o fim da arrecadação da CPMF sem comprometer áreascomo saúde, previdência e assistência social. Ele disse acreditar que o Programa Bolsa Família nãoserá afetado. “Isso seria uma interrupçãona tendência que o governo Lula vem fazendo da inclusãosocial.” O presidente do Ipeaavaliou que a rejeição da CPMF no Senado é umaoportunidade para repensar a realização de uma reformatributária ampla. Como possíveis alternativaspara que o governo possa compensar os recursos perdidoscom o fim da contribuição, ele citou a redução dedespesas com os juros da dívida pública ou o aumento deoutros tributos como o imposto sobre importação e oImposto sobre Operações Financeiras (IOF).