Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores na indústria brasileira ajustado sazonalmente cresceu 2%, de setembro para outubro deste ano, registrando a quinta taxa positiva consecutiva em relação ao mês imediatamente anterior – período em que o indicador já acumula expansão de 4,3%.Com o resultado, ovalor real da folha de pagamento dos trabalhadores na indústriaacumula alta de 5,2% no ano, e representa aumento de 6,1% nacomparação com outubro de 2006. A taxa anualizada, querepresenta o total dos 12 meses encerrados em outubro foi de 4,4%, mantendo a trajetória ascendente iniciada com a expansãode 1,3% de dezembro de 2006. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego a Salário na Indústria, divulgada em nota, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, o crescimento de 6,1% no valor real da folha de pagamento em relação a outubro do ano passado ocorreu nos 14 locais pesquisados e em 14 dos 18 segmentos da indústria envolvidos no levantamento.No primeiro caso, o maior destaque ficou com São Paulo, por seu peso na média nacional, onde o valor real da folha de pagamento subiu 4,2%, seguido por Rio Grande do Sul, com 11,1%, Minas Gerais (10,1%) e Rio de Janeiro (12,1%).Segundo o IBGE, em São Paulo a alta de 4,2% resultou, principalmente, do aumento salarial dos trabalhares do segmento de meios de transporte (com expansão de 18%); produtos químicos (23,5%); e máquinas, aparelhos eletrônicos e de comunicações (10,4%).Em termos setoriais, as influências mais significativas em nível nacional vieram de meios de transporte (17,2%); produtos químicos (17%), alimentos e bebidas (5,5%) e produtos de metal (14,3%).O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 0,5%, de setembro para outubro, mantendo uma seqüência de três resultados positivos. O ganho acumulado no período de 1,8%.O número de horas pagas ao trabalhador na indústria brasileira acumula elevação de 1,6%, nos dez meses do ano, enquanto a taxa anualizada (12 meses fechados em outubro) ficou em 1,5%. Nesse caso a trajetória ascendente vem desde setembro de 2006. Na comparação com outubro do ano passado a alta chegou aos 3,2% - o maior índice desde os 3,1% de janeiro de 2005. Na mesma base de comparação, houve contribuição positiva em dez dos 14 locais pesquisados e em 12 dos 18 segmentos.