Brasil pode contribuir com o processo de paz no Oriente Médio, diz Amorim

27/11/2007 - 16h57

Agência Lusa

Annapolis (Estados Unidos) - O ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, relacionou sua participaçãona Conferência de Paz sobre o Oriente Médio deAnnapolis, nos Estados Unidos, com o "reconhecimentointernacional" de um país em desenvolvimento como oBrasil."Representa um reconhecimento da comunidadeinternacional para com um país em desenvolvimento que tem umapolítica externa ativa e uma vocação detrabalhar pelo diálogo", disse Amorim à agênciaEFE após uma entrevista coletiva realizada na Embaixada doBrasil, em Washington.O chefe da diplomacia brasileirasalientou a importância da presença do seu país edo México como representantes da América Latina e dospaíses em desenvolvimento na conferência, e disseacreditar que o Brasil "pode contribuir para o processo depaz".Os mexicanos contarão com a presençada subsecretária das Relações Exteriores,Lourdes Aranda, confirmaram fontes diplomáticas.Ao queparece, depois da publicação da lista oficial de paísesparticipantes na conferência, o subsecretário de Estadonorte-americano para a América Latina, Thomas Shannon,considerou que a região estava muito pouco representada eenviou convites a ambos os países.Segundo Amorim, quereconheceu que nesta conferência as novidades devem ser poucas,"o simples fato de se poder retomar um processo de negociaçõesque não esteja cheio de condições préviaspode ser algo muito positivo"."Dentro dosprincípios básicos da criação de umEstado palestino e da segurança de Israel, é muitopositivo que se possa trabalhar com algumas das questões doque se chama o estatuto final e das medidas de criaçãode confiança", disse o ministro.Amorim considerouque o Brasil "é um exemplo de país onde pode haveruma boa convivência entre as comunidades judias e árabes",o que, segundo ele, "é parte importante na criaçãode um clima de confiança" que não se constróisó a nível político.