Adiamento da reforma tributária foi "ato de precaução" do governo, avalia Tião Viana

27/11/2007 - 8h32

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), disse considerar um "ato de precaução" o governo ter decidido enviar um projeto de reforma tributária ao Congresso depois que a prorrogação da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF) for aprovada."O governo entendeu que não está havendo a segurança plena da aprovação da CPMF nesse momento e deveria ter a cautela de tratar a reforma tributária num tempo posterior ao tempo da CPMF", afirmou.Tião Viana garantiu mais uma vez que a proposta de emenda à Constituição que prorroga a CPMF será votada antes do fim do ano no Senado, mesmo que seja às vésperas do recesso parlamentar. "Talvez no limite do Papai Noel", disse.A decisão do governo descumpre acordo com a oposição de só votar a prorrogação da CPMF depois de o Congresso ter recebido o projeto de reforma tributária. Hoje, Democratas e PSDB se reúnem para fechar questão sobre o assunto.A idéia é atrasar ao máximo a votação da CPMF, para que não haja tempo hábil de o imposto continuar a valer no próximo ano, já que, para isso, a prorrogação precisa ser aprovada até 31 de dezembro de 2007.Ontem, a obstrução em plenário feita pela oposição conseguiu atrasar o início da discussão da CPMF, uma vez que o prazo só começa a ser contado depois de destravada a pauta.