Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A pauta de votação do Senado Federal continua obstruída por uma medida provisória e um projeto de lei de conversão. Apesar de contar com 53 senadores, a base governista não conseguiu quórum suficiente para colocar as matérias em votação.Na semana passada, líderes aliados e da oposição fecharam um acordo que previa a transferência das votações destas matérias para hoje (26).Na votação da MP 393, primeiro item da pauta, o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), pediu verificação de quórum. Para dar prosseguimento à deliberação, os governistas teriam que registrar no mínimo 41 senadores no painel eletrônico. Apenas 39 marcaram presença, o que derrubou a sessão.Mais cedo, o presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), disse que a apreciação das MPs seriam importantes para dar andamento à proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga, até 2011, a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A PEC só entrará em votação, em primeiro turno, após cinco sessões de discussão.A sessão de hoje também demonstrou divergência entre PSDB e Democratas na condução do processo de apreciação da CPMF. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), não acompanhou o líder tucano no processo de obstrução.Agripino avalia que a melhor estratégia agora é acelerar o processo de votação da CPMF por julgar que o governo não tem votos suficientes para aprová-la em plenário. Tucanos e democratas marcaram para amanhã, às 12 horas, a reunião para definir se vai ser mantido ou não o processo de obstrução em andamento há algumas semanas.