Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo só vaiencaminhar uma proposta de reforma tributária ao Congresso Nacional quando as negociações com os governadoresestiverem pactuadas, disse hoje (26) o líderdo governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).“A reforma tributáriatem que ser uma proposta contundente e tem que sinalizar para asociedade que o governo quer avançar na questãotributária, simplificando e melhorando os tributos”.Segundo ele, a proposta não está pronta e, nosúltimos meses, as negociações com osgovernadores “involuíram”. Pelaproposta original, acrescentou o senador, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) estadual englobaria o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e ISS, enquanto o IVAfederal englobaria o Imposto sobre Produtos Industrializados (IIPI) e outras contribuições.“O que se vêagora é que o ICMS e o IPI ficariam de fora, o querepresentaria apenas a criação de mais um imposto e nãoa redução da carga tributaria”, ponderou Jucá.Ele ressaltou que os governadores são"protagonistas" no processo de discussão e, antes de encaminar ao Congresso, a àrea econômica deve fechar com eles uma proposta que tenha viabilidade para ser aprovada pelo Legislativo. "Uma proposta dereforma tributária que não sai do canto nós játemos, está na Câmara do Deputados", disse Jucá, referindo-se à proposta que já foi votada no Senado.Na avaliação dele, a proposta emperrou na Câmara justamente por falta de acordo com osgovernadores.