Ministério das Cidades defende aliança entre governos para diminuir déficit habitacional

26/11/2007 - 15h54

Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Criar novas oportunidades de moradia é uma desafio para todosos níveis de governo, analisa a secretária Nacional deHabitação do Ministério das Cidades, InêsMagalhães. Em entrevista à Agência Brasil,ela assinalou as dificuldades para diminuir o déficithabitacional do país, que é de 7,9 milhões deresidências segundo pesquisa de 2005 do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).“Equacionar o déficit habitacional do tamanho do brasileiroé uma ação complexa. Entre as questõesmais importantes estão a ocupação da terra e oplanejamento das cidades, que é de competênciamunicipal. Nosso desafio é construir um sistema nacional noqual cada nível de governo tenha o seu papel e que asestratégias obtidas sejam a somatória dos esforçospara resolver o problema.”Asecretária, participante da 3ºConferência Nacional das Cidades iniciada hoje (26) em Brasília,disse concordar com a posição do Fórum Nacionalde Reforma Urbana (FNRU), que defende,entre outras medidas, a ocupação de áreasociosas em centros urbanos já consolidados.“Pessoalmente, sou favorável [à ocupaçãodos centros urbanos]. O Ministério das Cidades tem umapolítica de recuperação de áreascentrais. Mas é importante que os municípios e estadosassumam essa questão. O nível federal não temuma relação hierárquica com os municípios”,justificou para dividir a responsabilidade da questãohabitacional com os governantes locais.Inês Magalhães reivindica mais participaçãodo capital privado para auxiliar as açõesgovernamentais no aumento das ofertas de moradia. “Éimportante que a iniciativa privada aumente a produçãoe consiga atender as classes média e média-baixa paraque o governo destine mais recursos públicos para as faixas debaixa renda”, analisou.