Tatiana Matos
Da Agência Brasil
Brasília - O estádio da Fonte Nova, em Salvador, foi apontado como o pior do país em um relatório do Sindicato de Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco). De acordo com o arquiteto e responsável pelo estudo, Eduardo de Castro Mello, entre os meses de agosto e outubro, foram visitados 29 estádios em 17 capitais e na cidade de Santos (SP). “O que aconteceu ontem é típico de um estádio em quenão houve uma preocupação com manutenção. É um problema que ocorre emdiversos estádios”, disse referindo-se ao acidente que matou sete pessoas depois da queda de uma arquibancada durante a partida entre o Bahia e o Vila Nova. As vítimas caíramde uma altura de 15 metros.De acordo com o relatório, a Fonte Nova possuiinstalações físicas precárias. O documento aponta a depreciação do estádio e citaitens como falta de higiene, sanitários sem manutenção, falta desegurança, ruínas em arquibancadas, corrosão no tubo do sistema deaquecimento dos vestiários, precariedade e comprometimentos dasestruturas como vigas e pilares. O relatório é ilustrado com fotos dolocal.O objetivo era fazer uma vistoria em estádios que possam abrigar competições da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Inaugurado em 1951, o estádio OctávioMangabeira (nome original) tem capacidade para 60 mil pessoas. Deacordo com o documento do Sinaenco, o público das partidas de futeboljá chegou a 110 mil pagantes.“Para a Copa, o mais indicadoseria construir um estádio novo em outro local que tenha possibilidadede circulação de estacionamento e maior facilidade de acesso”, afirmou Mello, sobre o estádio baiano. Ele ainda ressaltou que “nenhum dos estádios visitadosestão preparados para receber a Copa”. Até os primeiros colocados comoMaracanã, Engenhão, Morumbi, Arena da Baixada e Mangueirão apresentamproblemas.Os resultados do relatório ainda não foram apresentados às autoridades. A divulgação está marcada para os próximos dias 29 e 30, durante a realização do 8º Encontro Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Enaenco), em São Paulo.