Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As usinas nucleares que vierem a ser construídas no Brasil após Angra 3 irão a leilão. Essa é a perspectiva que está sendotrabalhada pela Eletronuclear, estatal que responde pela operaçãoda Central Nuclear Álvaro Alberto, onde estão as usinasde Angra 1 e 2, no município fluminense de Angra dos Reis.A informação foi dadahoje (21) pelo presidente de Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro daSilva. Ele encerrou o 1º Workshop sobre GeraçãoNuclear e a Matriz Energética Brasileira, promovido pelaAssociação Brasileira para o Desenvolvimento deAtividades Nucleares (Abdan).Silva afirmou que já háconsenso no sentido de que a primeira central será construídano Nordeste, e que o estado para instalação seráselecionado em 2008. Ele disse que é uma tendêncianatural que as novas usinas fiquem na região, e que razõeseconômicas favorecem a escolha. “É o local do paísem que o potencial hidrelétrico se esgota mais cedo, e a genteestá muito próximo do sistema integrado, quer dizer,não vai investir muito em linhas de transmissão”,disse.O presidente da Eletronuclear acrescentouque a central nuclear do Nordeste será construída deforma a poder, no futuro, “ter até seis usinas de mil a 1,1mil megawatts”. Isso, segundo avaliou, “dá vantagem deescala, gera atividade econômica”.De acordo comestudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministériode Minas e Energia, após Angra 3 está prevista aconstrução de duas centrais, sendo uma no Nordeste eoutra no Sudeste, com um mínimo de quatro usinas e o máximode oito usinas até 2030, lembrou Othon Luiz Pinheiro da Silva.Ele prevê para 2017 ou 2018 o início da primeira usinada central nuclear do Nordeste.O projeto de Angra 3 está emprocesso de licenciamento ambiental pelo Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), queavalia se o empreendimento tem viabilidade ambiental.