Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Quem não gosta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) é sonegador, disse hoje (21) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele ressaltou que o tributo dificulta a sonegação por causa da cobrança automática nas transações financeiras e facilita a fiscalização já que ficam “visíveis” os valores movimentados.“Eu disse outro dia e o pessoal ficou meio bravo comigo. Na verdade, quem não gosta da CPMF são os sonegadores. Esses são os principais opositores à CPMF que acham que tirando o imposto vão ter a oportunidade de um afrouxamento na fiscalização e na arrecadação”, declarou.Paulo Bernardo afirmou ainda que chegou a defender a criação de um cronograma de redução da CPMF a longo prazo. A proposta, segundo ele, deve ser incluída na Reforma Tributária que o governo pretende enviar ao Congresso até o final do mês.O ministro defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul. Segundo Bernardo, não cabe ao governo brasileiro avaliar se o país vizinho é democrático nem julgar o mérito do referendo que permitirá a reeleição do presidente Hugo Chávez por tempo indeterminado. “Não é o governo que vai dizer quem é democrático ou não. Temos que ter a avaliação de organismos internacionais”, ressaltou.“Não sei de nenhum organismo internacional, ONU [Organização das Nações Unidas], organização dos estados americanos que tenha feito alguma condenação a uma eventual falta de democracia na Venezuela, portanto, não é o governo brasileiro que vai fazer esse julgamento”, concluiu o ministro.