Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A distribuição de terras e oavanço da cultura da soja e dos biocombustíveis naregião amazônica são alguns desafios que ogoverno terá de enfrentar no futuro. A afirmaçãoé da vice-coordenadora da Rede Temática em Pesquisa deModelagem Ambiental da Amazônia (Rede Geoma), Maria IsabelEscada. Para ela, é preciso averiguar como se podegerar um desenvolvimento sustentável na Amazônia, preservar a floresta e, ao mesmo tempo, permitir o avançoeconômico. Maria Isabel Escada é pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Ministérioda Ciência e Tecnologia.“A gente tem nas várias áreastemáticas grandes desafios. Também, na questãode clima, tem como conter o desmatamento, como recomendarpolíticas públicas para que a gente consiga desenvolver um ambiente sustentável, justo, incluindo otema das dinâmicas populacionais e dos assentamentos urbanos, que também são um grande desafiona Amazônia”, disse Escada.As demandas de governo para pesquisa científicadiante dos cenários internacionaisserão debatidas em mesa-redonda na próximaquarta-feira, durante o I Simpósio do Geoma. O eventofoi iniciado hoje (29) em Petrópolis, região serranafluminense, e está discutindo os resultados dosprimeiros cinco anos de atividades da Rede Geoma. Durante o encontro também, será reformulada a agenda de trabalhos da entidade.A Rede Geoma é a primeira Rede de Pesquisas do Ministério de Ciência e Tecnologia e foi criadaem 2002 com o objetivo de elaborar modelos de cenáriospara implementação de políticas públicasna região amazônica. Ela conta atualmente comcerca de 50 pesquisadores de seis unidades do ministério, além de estudantes e bolsistas,que trabalham em parceria com instituições locais.A Rede Geoma tem participadoda avaliação do desmatamento na Amazôniadesde 2004. Os dados de prevenção econtrole do desmatamento na região sãomonitorados pelo INPE em parceria com o Instituto Nacional do MeioAmbiente e Recursos Naturais Renováveis(Ibama).