Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oincremento do turismo, a abertura de novos empregos, a construçãode novos estádios e a valorização do futebolnacional são pontos positivos da realização daCopa do Mundo no Brasil, em 2014. A avaliação éde Fernando Carvalho, diretor financeiro do Clube dos 13, entidadeque reúne os maiores times de futebol do país. Noentanto, ele chama a atenção para a possibilidade dehaver superfaturamento nas obras públicas que serãorealizadas para o evento. “Essa é uma questão deestado, ele tem que usar os mecanismos de proteção paracoibir esse tipo de atitude”, lembra Carvalho.Sem podermensurar o custo da Copa para o Brasil, pois ainda não foramdefinidos quais projetos serão realizados, o dirigente cita oexemplo do Internacional, de Porto Alegre, clube do qual foipresidente. Segundo ele, as adaptações exigidas pelaFifa para o estádio do Beira-Rio vão custar entre R$ 75e R$ 100 milhões.FernandoCarvalho acredita que hoje o Brasil não teria condições de abrigar um evento como a copa do mundo, especialmente nossetores de transporte e hotelaria. Mas, segundo ele, depois daconstrução e reforma dos estádios que serãoutilizados na Copa, o Brasil terá boas condiçõespara sediar o evento.“OBrasil deu uma demonstração nos Jogos Pan-americanos deque tem todas as condições de sediar uma grandecompetição como esta. Claro que a Copa do Mundo tem umadimensão maior que um Pan-americano, mas temos todas ascondições de chegar em 2014 aptos a recepcionar tanto opúblico que virá assistir às partidas como asdelegações”, afirma.Segundoele, as críticas ao projeto de sediar a Copa do Mundo podemser minimizadas informando a população sobre osbenefícios que o campeonato deverá trazer para o país.“O país não se faz só de destinaçãode verbas para a saúde, educação. Ele se faztambém do crescimento como um todo, para proporcionararrecadação para que essas áreas de atuaçãodo governo sejam beneficiadas depois”, justifica.ParaFernando Carvalho, o Brasil é considerado o país dofutebol pela torcida e pela qualidade dos atletas, e não pelaestrutura do esporte. Mas ele acredita que o futebol poderácrescer no país, impulsionado também pelo crescimentoda economia. “O futebol, como parte dessa economia, tambémterá um crescimento, a ponto de chegarmos próximo doestágio que existe hoje na Europa, que seria a nossa maiormeta a ser atingida”, conclui o dirigente.