Glaucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da EmpresaBrasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), SérgioGaudenzi, não quis comentar as conclusões do relatórioda CPI do Apagão Aéreo do Senado. Ele disse queprimeiro vai ler o relatório do senador DemóstenesTorres (DEM-GO), mas adiantou que “evidentemente o que estáno relatório diz respeito à gestão anterior, nãotendo nada novo nos últimos meses”.“Eu vou examinar orelatório e se precisar de mais explicações euirei pedir ao senador Demóstenes. Desde o primeiro momento nóscolocamos a Controladoria-Geral da União dentro da Infraero, ehoje nós temos um trabalho conjunto com a CGU para estancarpontos que possam existir”, afirmou.Gaudenzi lembrou que emqualquer sociedade há corrupção, mas épreciso perseguir, identificar e punir. “Sem puniçãovocê nunca vai consertar. O que eu acho equivocado éacusar antes de apurar e as vezes tem acontecido isso. As pessoasacusam sem apurar. Aí nunca mais apaga aquilo de uma pessoaque pode ter sido injustamente arrolada. Agora, feito o processo,identificou tem que punir mesmo”, disse. O presidente daInfraero afirmou que a Agência Nacional de AviaçãoCivil (Anac) vive um “momento turbulento”, em funçãode ter apenas um dirigente. “Eu não diria que isso paralisaa Anac, mas seguramente diminui muito a possibilidade de ação,porque alguém que é interino não vai tomaralgumas medidas”.Dos três diretores indicadospelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para a Anac, apenas um foi aprovado pelo Senado. Os outros dois ainda aguardam serem sabatinados.