Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O custo médio dos empréstimos parapessoa física caiu 0,3 ponto percentual em setembro, chegandoa 46,3% ao ano, o menor nível desde julho de 1994. Emcontrapartida, a taxa média do cheque especial aumentou 0,5ponto percentual e chegou a 140% ao ano.Para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o aumento da taxa do cheque especial “revela movimentos pontuais”. Segundo ele, quando um número de tomadores de crédito migra do cheque especial para o empréstimo consignado, por exemplo, aqueles que permanecem na carteira têm um nível de risco maior e, por conseqüência, taxas mais altas. “ Como os agentes que permaneceram na carteira são das taxas mais elevadas acaba elevando a média geral do movimento”.O crédito consignado (com desconto na folhade pagamento) foi o maior responsável pelo desempenho dasoperações de crédito pessoal em setembro, com R$61 bilhões, 1,6% a mais do que em agosto. A taxa média de juros, que vem caindodurante todo o ano, atingiu 35,5% ao ano, com reduçãode 0,2 ponto percentual. Esse patamar é o menor da sériehistórica iniciada em junho de 2000, e refletepredominantemente as operações com pessoas físicas.O volume das operações de créditodo sistema financeiro chegou a R$ 854,1 bilhões em setembro,com alta de 1,4% com relação ao mês anterior e de24,8% nos 12 meses fechados em setembro. As operaçõescom pessoas físicas chegaram a R$ 295,4 bilhões, 1,7%a mais do que em agosto.Os dados constam no relatório de PolíticaMonetária e Operações de Crédito doSistema Financeiro, divulgado hoje (23) pelo Banco Central.