Nordeste registrou em setembro mais alto índice do país na geração de emprego, diz ministro

11/10/2007 - 17h21

Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministrodo Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, informou hoje (11) que a RegiãoNordeste está registrando os mais altos índices degeração de emprego do país.

“Alagoas, este mês [setembro],está batendo recorde na sua história na geraçãode emprego. Eu não estou com os números fechados ainda,mas eu posso garantir que a maior surpresa, neste mês, em todoo Brasil, vai ser Alagoas”, afirmou o ministro em entrevista àsemissoras de rádio parceiras da Radiobrás.

O aumento na geração deempregos, na avaliação do ministro, se deve aocrescimento da economia, à estabilidade da moeda, aosinvestimentos do Plano de Aceleração do Crescimento(PAC) e ao controle da inflação.

De acordo com Carlos Lupi, no Nordeste,principalmente em Pernambuco, Alagoas, Ceará e Sergipe, ocrescimento do setor sucroalcooleiro na produção doetanol está sendo um grande fenômeno.

O ministro do Trabalho reafirmou que“onde houver denúncia e suspeita de trabalho escravo, oministério estará combatendo com firmeza essa prática,para garantir ao trabalhador o direito ao trabalho digno”. Elembrou o acordo firmado entre o Ministério do Trabalho e aAdvocacia-Geral da União, nesta quarta-feira (10), dandogarantias à atuação do Grupo Especial deFiscalização Móvel, que retorna ao trabalho nasegunda-feira (15).

O combate ao trabalho infantil tambémfoi abordado pelo ministro. Disse que o programa Jovem Aprendiz temrealizado convênios com a iniciativa privada, para dar aosjovens de 14 a 18 anos de idade a oportunidade de aprender umaprofissão em paralelo aos estudos.

Carlos Lupi destacou a importânciada participação dos empresários nessainiciativa, para dar oportunidades e tirar essas crianças daexploração do trabalho infantil.

Com relação àreforma trabalhista, o ministro informou que uma portaria publicadano Diário Oficial da União de ontem (10) criouum grupo de trabalho no ministério para elaborar umanteprojeto de lei com propostas para atualizar e modernizarConsolidação das Leis do Trabalho (CLT). Lupi ressaltouque que a intenção é “atualizar” e nãoacabar com os direitos dos trabalhadores.

“Tem muitas questões dalegislação trabalhista, pelo tempo que ela passou, quenão têm mais uso. Você tem legislaçãoaté para setores do trabalho que não existem mais.Então, nós vamos agora, sem mexer em direitosadquiridos, que para nós é sagrado, apenas atualizaralguns setores que estão praticamente em desuso no mercado detrabalho brasileiro", disse.