Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os funcionários do Banco do Brasil, daNossa Caixa e de bancos privados de São Paulo aceitaram, nanoite de hoje (2), a proposta de reajuste salarial apresentada ontempela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Osbancários da Caixa Econômica Federal (CEF) rejeitaram aspropostas específicas apresentadas pelo banco e decidiramentrar em greve por tempo indeterminado a partir de amanhã.Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dosBancários de São Paulo, Osasco e Região, oreajuste aprovado será de 6% (um aumento real de 1,13%) parasalários e demais verbas, como vale-refeição,cesta-alimentação e auxílio-creche. Os bancáriostambém vão receber o pagamento da 13ªcesta-alimentação, que vai ser incorporada àConvenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os bancos tambémterão que destinar entre 5 e 15% de seu lucro líquidoaos funcionários, como parte da participação noslucros e resultados (PLR).Em nota, Luiz CláudioMarcolino, presidente do sindicato, que representa cerca de 114 mildos 420 mil bancários do país, avaliou que o "acordofechado é um dos melhores dos últimos anos".Na noite de hoje, os bancários de SãoPaulo fizeram três assembléias simultâneas nocentro da capital. No Centro Transmontano reuniram-se bancáriosde bancos privados e da Nossa Caixa; na Quadra dos Bancáriosreuniram-se os funcionários do Banco do Brasil; e na Casa dePortugal, os da Caixa Econômica Federal . Segundo o sindicato,as assembléias foram separadas porque os funcionáriosdo Banco do Brasil e da CEF também discutiriam assuntosespecíficos.No plano nacional, a Contraf informou que a greve atingirá 15 estados, cinco capitais e o Distrito Federal.