Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Informações sobre a identidade civilda população passam a fazer parte da Rede de IntegraçãoNacional de Informações de Segurança Pública,Justiça e Fiscalização (Infoseg), do Ministérioda Justiça.Assim, se uma pessoa abordada pela políciativer mais de um documento de identidade será possíveldescobrir o crime com uma consulta à Rede Infoseg. “Estamostratando de 250 mil brasileiros identificados civilmente”, destacao coordenador nacional da Rede Infoseg, Odécio Rodrigues. Oprimeiro estado a se integrar ao sistema e ter acesso aos dados éo Rio de Janeiro.O Infoseg é um banco de dados integrado querecebe informações das polícias federal,estaduais e municipais dos 26 estados e do Distrito Federal. Sãoinformações como inquéritos, processos, registrode veículos roubados, mandados de prisão e carteira demotorista. O sistema está integrado também àReceita Federal, o que irá permitir consultas de Cadastro dePessoa Física (CPF) e sobre a constituição deempresas em todo o território nacional.Odécio Rodrigues explica que o Infoseg éuma ferramenta de auxílio no combate à criminalidade.“Aqui em Brasília, há poucos meses, um cidadãofoi registrar uma ocorrência em uma delegacia de polícia,e ao ser consultado descobriu-se que ele era procurado pela políciade São Paulo e ficou preso imediatamente”.Atualmente, mais de 90 mil usuários estãocadastrados para acessar e as consultas diárias chegam aatingir picos de 130 mil, de acordo com o Ministério daJustiça.Hoje (1º), durante a abertura do 2ºEncontro Nacional da Rede Infoseg, foi lançado um novo portalpara o sistema. A intenção é garantir maissegurança aos usuários com o uso de um teclado virtual.Ao discursar na abertura do evento, o ministro daJustiça, Tarso Genro, apontou a integração entreos órgãos federais, estaduais e municipais como umparadigma para a segurança pública brasileira: “Tenhoconvicção de que hoje todo os governadores, prefeitos,dirigentes políticos aprenderam que estamos tratando asegurança pública como a educação, forado calendário eleitoral, fora do contencioso entre ospartidos, mas a partir de uma visão de Estado, de repartiçãode responsabilidades, buscando a constituição de umnovo paradigma de segurança pública para o nosso país”.