Ex-presidente do BRB depõe na Justiça sobre denúncias da Operação Aquarela

01/10/2007 - 19h43

Ricardo Carandina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal convocouTarcísio Franklin de Moura para esclarecer irregularidades apontadaspela Operação Aquarela, do Ministério Público e da Polícia Civil doDistrito Federal. O ex-presidente do Banco Regional de Brasília é acusado de crime de dispensaindevida de licitação. A irregularidade foi detectada pelos promotoresde justiça do MPDF, num contrato de R$ 28 milhões do BRB com a Asbace –Associação de Bancos Estaduais e Regionais.Tarcísio Franklin de Moura disse que o contratoinicial para prestação de serviços de compensação e microfilmagem foifirmado em 1997, também sem licitação, quando ele ainda não erapresidente do banco, e que foi renovado várias vezes. Em 2002, segundoTarcísio Franklin, ocorreu a primeira renovação sob a gestão dele napresidência do BRB.Ele disse que tanto a área técnica quanto a áreajurídica do banco deram parecer favorável à dispensa da licitaçãoporque a Asbace já fazia o trabalho desde 1997, tinha equipamentos esistemas para oferecer o serviço, e fazia parte da Câmara deCompensação do Banco do Brasil. Disse também que, em Brasília, nãohavia outra empresa para fazer o trabalho. Mas afirmou que o Tribunalde Contas do Distrito Federal questionou a contratação e que, mesmodepois disso, ele assinou mais de dez aditivos ao contrato.Nesta terça-feira, será interrogado oex-secretário-geral da Asbace, Juarez Lopes Cançado. Ainda esta semana,o juiz Roberval Belinati ouve dois ex-diretores do BRB: naquarta-feira, Ari Alves Moreira, da área de Tecnologia, e naquinta-feira, Divino Alves dos Santos, da Administração. A operaçãoAquarela apura ainda denúncias de fraudes em licitações, lavagem dedinheiro, peculato e formação de quadrilha e o desvio de cerca de R$ 50milhões do BRB.