Líder recomenda ao governo mais atenção ao Senado

01/10/2007 - 19h10

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), recomendou aoscoordenadores políticos do governo e ao própriopresidente Luiz Inácio Lula da Silva que dêem maisatenção aos pleitos dos senadores para evitar umaeventual "rebelião" no processo de discussãoe votação da proposta de emenda à Constituição (PEC)que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Segundo a senadora,os articuladores políticos e ministros da áreaeconômica não deram o devido "cuidado" aoSenado nas negociações desta matéria com oCongresso.Na quarta-feira passada (26), senadores peemedebistas votaramcontra a medida provisória que criava a Secretaria dePlanejamento de Longo Prazo da Presidência da República. A matéria foi rejeitada.Para Ideli Salvati, ademora na apreciação da PEC pela Câmara vaiprejudicar ainda mais o processo de negociação noSenado. "Já passou da hora da coordenaçãopolítica, dos ministros e do próprio governo [presidente Lula] cuidar do Senado, porque a questão da CPMF,com este quadro, e como a Câmara está arrastando alémdo normal o trâmite da CPMF, nós vamos ficar com poucotempo, num quadro difícil, delicado e controverso, e portantode muita dificuldade".Ideli afirmou queos senadores estão convencidos de que houve poucaatividade na Casa por parte dos articuladores políticosgovernistas. Ela citou os ministros da Secretaria deRelações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, e osministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, PauloBernardo."Existe oconvencimento de que houve muito pouca atividade na relaçãodo próprio ministro Walfrido [dos Mares Guia]. Enquanto osministros da área econômica foram várias vezes naCâmara, vieram muito poucas vezes aqui", reclamou a líder.O governo, segundo a senadora,deveria explorar melhor "as divisões" nos partidosde oposição no que diz respeito a manutençãoda cobrança da CPMF. A petista considera que no DEM eno PSDB existem senadores que apóiam a preservação dacobrança da contribuição, "até porconta de uma perspectiva da eleição em 2010".