Redução do analfabetismo poderia ser mais rápida, para organizações

14/09/2007 - 14h27

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar de continuar reduzindo o analfabetismo no país, o governo poderia adotar políticas que permitiriam a alfabetização de toda a população até 2011. “No ritmo em que está, temos um desafio a perder de vista”, avalia Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que, em 2005, 10,2% da população acima de 10 anos era analfabeta. No ano passado, o número caiu para 9,6%. “O ritmo podia ser mais acelerado. O que surpreende é que, ao longo dos anos, a queda na taxa de analfabetos é sempre tímida, aquém do esperado”. Para ele, se houvesse uma priorização orçamentária e se o poder público fizesse uma boa gestão dos recursos da educação, Para isso, o país teria que aumentar seus investimentos em educação, segundo Cara. “Se sociedade e o estado brasileiro não assumirem o investimento em educação como uma prioridade absoluta, não vamos avançar”, assinalou. A campanha defende o investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.