Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A queda na taxa de desocupados em 2006 levou o país à menor taxa de desemprego em dez anos, 8,4%. Em 1997, o número ficou em 7,8%. Entre 2005 e 2006, a queda no índice foi de 8,3%. O número de desocupados diminuiu em termos absolutos: passou de pouco mais de 8,9 milhões para 8,2 milhões, uma redução de 742 mil. Os dados são da Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílios (Pnad) 2006, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, realizado em mais de145 mil domicílios em todo o país, também houve avanços nas condições demoradia da população brasileira, com a melhoria no acesso aos serviços deabastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento deenergia elétrica. “Em geral os indicadores dão seguimento a uma tendência demelhoria que vinha sendo identificada ao longo dos anos”, afirma a coordenadora de Trabalho e Rendimentos doIBGE, Márcia Quintslr.Conforme a pesquisa, em 2006, do total dos domicíliosbrasileiros, 83,2% eram abastecidos por água, e 70,6% tinham esgotamentosanitário adequado (rede coletora ou fossa séptica), enquanto em 2005 essespercentuais eram de 82,3% e 69,7% respectivamente. Apesar do avanço, permanecemas disparidades regionais na oferta dos serviços. Na região Nordeste, porexemplo, embora o saneamento tenha sido ampliado, o esgotamento sanitárioalcança menos de 50% das moradias.
Em relação ao perfil da população, o estudo do IBGEconfirmou a manutenção das tendências de envelhecimento e redução dafecundidade, que vêm sendo observadas nas últimas décadas. As faixas de idademais elevadas, acima dos 40 anos, passaram a representar 32,3% da população(contra os 31,5% em 2005), enquanto a parcela com até 9 anos passou de 17,1%para 16,5%. A taxa de fecundidade recuou de 2,1 filhos por mulher em 2005 para2,0 em 2006.
A PNAD é realizada anualmente pelo IBGE com afinalidade de produzir informações para o estudo do desenvolvimentosocioeconômico do país. Na edição 2006, foram visitados 145.547 domicílios eouvidas 410.241 pessoas em todas as regiões brasileiras. A pesquisa incluiu suplementos especiais sobre trabalhoinfantil e sobre possíveis efeitos de programas governamentais de transferênciade renda, que serão divulgado posteriormente em calendário a ser definido peloIBGE.