Analfabetismo cai no país em 2006, mas Nordeste continua com dobro da taxa nacional

14/09/2007 - 11h16

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O número de analfabetos com mais de 10 anos deidade no país caiu 4,2% em 2006, totalizando 14,9 milhões de pessoas - 547mil a menos do que em 2005. A redução fez com que a taxa de analfabetismo paraessa faixa etária passasse de 10,2 % para 9,6% de um ano para o outro.

Apesar do recuo, o país mantém disparidadesregionais. Mais da metade dos analfabetos com idade superior a 10 anos (7,9 mil)estavam no Nordeste, onde a taxa ficou em 18,9%, mais que o dobro da médianacional e além do triplo do que foi apurado na Região Sul (5,2%). Entre as pessoas com mais de 25 anos, a taxa deanalfabetismo no país foi de13% em 2006, contra os 13,9% registrados no anoanterior. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional porAmostra de Domicílios (Pnad) 2006, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE).Ainda no ano passado, o Brasil tinha aproximadamente 37milhões de pessoas na condição de analfabetas funcionais - indivíduos com maisde 10 anos de idade e menos de quatro anos de estudo, que apesar de saberem ler eescrever encontram dificuldades para utilizar escrita e a leitura paracontinuar aprendendo e se aperfeiçoando. 

De 2005 para 2006, a taxa de analfabetismofuncional passou de 24,9% para 23,6% da população acima dos 10 anos de idade, oque representou um milhão a menos do que em 2005. 

O levantamento apontou ainda aumento no tempo médiode estudo da população brasileira, que passou de 6,6 para 6,8 anos depermanência na escola de 2005 para 2006. Também cresceu a proporção de pessoasque freqüentavam a escola em todas faixas de idade até 25 anos.