Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Uma série de 13 documentários inéditos, financiados com recursos públicos, será lançada hoje (29) em São Paulo. A secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e a Fundação Padre Anchieta, mantenedora da Rádio e TV Cultura, apresentam a série DOCTV Ibero-América - uma iniciativa da Conferência de Autoridades Audiovisuais y Cinematográficas de Iberoamérica (Cacci), que reúne autoridades audiovisuais nacionais, televisões públicas e associações de produtores de 13 países da América Latina, além de Espanha e Portugal.O DOCTV Ibero América apresentará documentários selecionados entre 457 projetos inscritos nos 13 concursos nacionais do programa. Os projetos selecionados foram produzidos com US$ 100 mil, dos quais 20% foram financiados pelas emissoras responsáveis. Os documentários serão exibidos pela TV Cultura, todas as sextas-feiras, às 22h40, a partir do dia 7 de setembro em rede com todas as televisões públicas.De acordo com o secretário do Audiovisual, Orlando Senna, o objetivo é estimular o intercâmbio cultural e econômico entre os povos ibero-americanos e a implementação de políticas públicas integradas de fomento à produção e teledifusão de documentários nos países da região, além de difundir a produção cultural dos povos ibero-americanos no mercado mundial. Senna explicou que o modelo da série DOCTV Ibero-América, nasceu no Brasil é está sendo realizado há três anos no país.“Um dos aspectos mais importantes do DOCTV foi a organização da rede pública de televisão o Brasil que esse programa proporcionou. É o único programa realmente que enredou as emissoras públicas brasileiras foi o DOCTV. Nesse novo formato de televisão pública que será lançado no final deste ano programas desse tipo serão muito buscados”, explicou.Além disso, Senna destacou que nesse modelo há a participação do que chamou de um tripé, ou seja, a participação do poder público, uma emissora de televisão e uma produtora independente de cinema ou televisão de cada país.  Segundo ele, é justamente esse modelo que atrai as emissoras de televisão, porque ela (a emissora) entra na produção desse documentário com parte custo do documentário e recebe de volta no mínimo 35 documentários para sua grade de programação. “Isso para qualquer emissora de televisão é um negócio da China.”O secretário do audiovisual ressaltou que os temas propostos para o projeto são iguais aos propostos para a edição nacional do programa. “Ou seja, a realidade e o imaginário de cada um, cada lugar, cada país e de cada realizador que se envolve em u documentário como esse”. Segundo ele, os temas são abertos para que os criadores sintam-se a vontade para apresentar suas idéias.O interesse pelo projeto já fez com que países da América Central e  México pedissem o licenciamento para realizar o DOCTV em seus países. “Eu acho que outros países também estão com intenção de realizar esse modelo de programa em seus países. Ou seja, é um êxito que tem a ver não só com o modelo de negócio em sim, mas também com o fato de ser um instrumento maravilhoso para concretizar nas telas da televisão a diversidade cultural desses continentes”, afirmou Senna.A série de documentários será lançada oficialmente em cerimônia às 20h30 na Cinemateca Brasileira.