Petrobras admite que não atingirá meta de exportação de etanol prevista para 2008

29/08/2007 - 18h38

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A demora no fechamento dos contratos de exportação de etanol para a Venezuela e para a Nigéria afetará as exportações de álcool da Petrobras neste ano e levou a uma revisão nas projeções para 2008 também.A informação é do diretor de Abastecimento e Refino, Paulo Roberto Costa, que prevê pouco mais de 100 milhões de litros do produto vendidos ao exterior neste ano. “A maior parte deste volume foi exportada para os Estados Unidos e para o Japão, uma vez que problemas no fechamento de contratos com a Venezuela estão atrasando o embarque de etanol para  esse país", disse.Em relação à Nigéria, ele informou que o país ainda não possui estrutura logística para receber e armazenar o produto, o que também vem levando a estatal brasileira a reduzir a previsão de exportação para 2008. Estava previsto embarque para o exterior de cerca de 860 milhões de litros, mas agora os números apontam para apenas 500 milhões. No ano passado, dos cerca de 120 milhões de litros de etanol exportados, 82 milhões tiveram como destino a Venezuela. O Plano de Negócios da estatal para o período 2008-2012 prevê investimentos de US$ 29,6 bilhões na área deabastecimento e refino. Deste total,US$ 8,6 bilhões serão investidos na qualidade doscombustíveis comercializados pela empresa – o que aumentaráo custo do refino dos atuais US$ 2,29 para US$ 3,69 por barrilprocessado. E US$5,3 bilhões para a expansão da capacidade de refino noBrasil e no exterior.“A prioridade dentroda área de abastecimento é refinar o máximo depetróleo dentro do Brasil, para atender ao mercado interno. Do total de investimentos, 85% serãono Brasil", informou.Paulo Roberto Costaanunciou, ainda, que a Petrobras e a Transpetro (subsidiária voltadapara a área de transportes) deverão fechar neste ano novo pacote de encomendas de navios, para renovação da FrotaNacional de Petroleiros. O Plano prevê  recursos de US$ 2,2 bilhões, mais cerca de US$ 700 milhões para os navios voltados à exportação deetanol. A renovação prevê encomenda de 42 novas embarcações, das quais já foram licitadas 26 e assinados contratos para a construçãode 19.