Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar  de terem sido convidados, os comandantes das Forças Armadas não compareceram à cerimônia de lançamento do livro Direito à Memória e à Verdade, no Palácio do Planalto. A obra atualiza as versões oficiais sobre mortes e desaparecimentos de 479 pessoas durante o período do regime militar (1964-1985).Ao ser indagado sobre o porquê derepresentantes dos militares não terem comparecido àcerimônia de lançamento do livro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silvarespondeu a jornalistas, logo após o evento:  “Não sei. Primeiro, porque eu nãoconversei com o militares, ou seja, eu fui convidado pela Secretariade Direitos Humanos. O ministro Jobim foi convidado, e veio quem foiconvidado para participar. Não sei se eles foram convidados.Isso você pode perguntar para o Paulo Vanucchi (ministro daSecretaria Especial dos Direitos Humanos)". A cerimônia contou com apresença de diversos familiares de vítimas, recebidos antes pelopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, em audiência reservada. O único representante dos militares foi um civil, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que também discursou. Os convites às autoridades foram feitos pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.